quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

René Simões vai receber metade do salário que recebia no Vasco


“Vou trabalhar como se fosse o maior salário do Brasil”. A frase de René Simões ao assumir o comando do Botafogo resume bem o seu momento profissional. Ao completar 62 anos ontem, o “professor” voltou desvalorizado ao mercado do futebol, apesar de mais de trinta trabalhos na carreira de treinador, dentre eles em seleções de base e principal. Simões receberá metade do salário que ganhava no Vasco como diretor executivo, em 2012, passando de R$ 150 mil para R$ 70 mil.
— Todos estão trabalhando muito abaixo do que ganhavam. É irracional pagar sem ter recurso. Estamos trabalhando com a verdade. Absurdo dizer que estou ganhando mal. Futebol brasileiro está caindo na real. Sou bem pago — disse o novo treinador, presenteado com um perfume pela direção do Botafogo.
René Simões terá como auxiliares Chico Santos e Alfredo Montesso, escudeiros da época de Fluminense e Vitória-BA. Na comissão permanente o Botafogo acolheu indicação de Carlos Alberto Torres, o capitão do tricampeonato da seleção. O enteado do “capita” Marcello Campello será o preparador físico e o filho de Jairzinho, Jair Ventura, o observador técnico. O preparador de goleiros Vitor Hugo também não permanecerá no clube. Sobre reforços, as discussões começaram em reuniões nos últimos dois dias.
— Nós já começamos, já estamos bem andados e o planejamento já está feito. Já temos relações de atletas. Fizemos uma relação dos jogadores que nós sonhamos e a relação de atletas que talvez sejam possíveis. Esse momento necessita de muita união entre todos, pois não sabemos com relação iremos conseguir. Agora, seja a relação A, B ou C, temos que nos basear em três pontos principais: Foco. Muito foco. vamos ter que se basear em meritocracia e depois em muito trabalho. A segunda divisão só se ganha com trabalho duro, o jogador tem que saber que lá dentro é um jogo diferente, é um prato de comida — definiu o técnico, campeão com o Coritiba em 2007.
Fora isso, foram poucos títulos. Na seleção da Jamaica, René Simões fez trabalho de longo prazo pelo qual ficou reconhecido mundialmente, em 1994. Antes, já havia trabalhado na base da seleção brasileira. Entre trocas por clubes de menor expressão e seleções como Irã e Costa Rica, treinou o Fluminense entre 2008 e 2009.
O desafio de sair das quatro linhas para virar executivo já começara no Flamengo, em 2000, mas logo foi demitido. No Vasco, em 2012, viveu situação parecida. Assim como na base do São Paulo no início do mesmo ano.
— Nesse tempo parado, eu fiz 5 cursos me preparando para voltar. Me sito muito bem preparado e eu acho que o Botafogo vai precisar de muito trabalho dentro de campo. Nesses cursos eu ouvi muito uma palavra: Desempenho. Se você não tiver os melhores jogadores você tem que ter um time que tenha o melhor desempenho, você tem que tirar 100% dos jogadores. Vamos ter que trabalhar muito e é isso que me move — justificou.
Confira os trabalhos de Renê Simões como treinador:
Serrano
Universidade Somley
Olaria
Fluminense (sub-23)
Emirados Árabes Unidos Al Qadsia
Mesquita
Portuguesa
Brasil (sub-23)
Portugal Vitória de Guimarães
Brasil (sub-17)
Brasil (sub-20)
Bahia
Catar Al Haiah
Catar Al Rayyan
Brasil Ferroviária
Brasil Ponte Preta
Catar Al Arabi
Jamaica Jamaica
Trinidad e Tobago Trinidad e Tobago
Honduras Honduras
Catar Al Khor
Brasil Feminino
Vitória
Irã (sub-23)
Santa Cruz
Vila Nova
Coritiba
Jamaica
Fluminense
Coritiba
Portuguesa
Costa Rica
Ceará
Atlético Goianiense
Bahia
Barueri
Botafogo
Fonte: Extra Online

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