sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Carlos Eduardo Pereira revela conversa com prefeito para reabrir o Engenhão


O novo presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, já começou a trabalhar para resgatar o clube e ordenar a parte financeira. Pouco mais de 48 horas no cargo após a eleição da última terça-feira, o mandatário garante que ainda não parou de trabalhar à favor do Alvinegro. Em entrevista exclusiva à Rádio Globo, ele disse que está em busca de recursos para o pagamento da parcela do Programa de Recuperação Fiscal (Refis), que vence nesta sexta-feira, já que as receitas ainda estão bloqueadas pela justiça por conta de várias ações trabalhistas.
No meio de tantas notícias ruins e um eminente rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, Carlos Eduardo Pereira revelou uma reunião com o prefeito do Rio Eduardo Paes
“Foi uma conversa muito produtiva, onde surgiu a ideia de já contar com o estádio no começo do Campeonato Carioca. Ele ficou de marcar uma audiência para acertarmos outros detalhes, sobre as obras e interdição. O que posso adiantar é que a conversa foi muito positiva para o Botafogo”, adiantou o novo presidente, que também esclareceu que deseja contar com o goleiro Jefferson para 2015.
“Ele é uma peça fundamental para o nosso planejamento, já que é o goleiro da Seleção Brasileira e um ídolo do clube. Um ídolo você não pode se desfazer de uma hora pra outra. Não vamos cometer esse erro e trabalhar para mantê-lo. Mesmo que o elenco passe por reformulação para 2015, o Jefferson é fundamental que fique no clube nessa remontagem”, disse Carlos Eduardo, que garantiu fazer um time de futebol de alto nível para disputar qualquer série do Campeonato Brasileiro.
“A questão do orçamento, com os recursos que o clube tem, independente se for disputar Série A ou B, já foi feito um esboço. Mesmo que estejamos na Série B, temos que fazer um time de nível de primeira divisão. O clube grande e de tradição, tem a obrigatoriedade de montar um equipe, se não teremos condições de subir. Os time menores sempre querem aparecer mais quando enfrentam os grandes, como vimos agora com o Vasco. Garanto que vamos fazer um trabalho de qualidade, independente da divisão”, afirma.
Carlos Eduardo Pereira revelou como será a linha de condução para buscar sanar as dividas do clube, que atualmente chegam a R$ 1 bilhão.
“Tenho três frentes para buscar sanar as dividas do Botafogo. A fiscal está na fazenda, e por isso temos que manter o pagamento das parcelas do Refis. Estamos na expectativa pela aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte. Vamos entrar com um recurso jurídico, já que temos recursos bloqueados que poderão ser utilizados para o pagamento de duas parcelas do Refis. Na questão trabalhistas, temos mais de R$ 150 milhões divididos em mais de 300 ações. O ato trabalhista é fundamental, já que nenhum clube ou empresa consegue sobreviver com 100% de suas receitas bloqueadas. Acho normal o desconto de parte das suas receitas, mas não em sua totalidade. Temos um produto que a disputa das competições e isso inviabiliza a participação do clube. Nosso departamento jurídico já está trabalhando para que possamos ter receitas para tocar o futebol, principalmente”, acredita o presidente.
O Botafogo joga neste domingo contra o Santos, na Vila Belmiro, às 17h. Caso Palmeiras (Internacional) e Vitória (Flamengo) não vençam seus compromissos no dia anterior, o Glorioso jogará por uma vitória para ainda sonhar em se manter na Série A em 2015.
Fonte: Site da Rádio Globo

Adidas pode ser nova fornecedora alvinegra graças a Carlos Alberto Torres


As ligações de Carlos Alberto Torres com o mercado alemão podem fazer com que a Adidas seja a nova fornecedora de material esportivo do Botafogo, segundo o blog ‘Um Facho de Luz’, do portal ‘GloboEsporte’. O contrato com a Puma termina no fim do ano e o presidente Carlos Eduardo Pereira deve negociar com a empresa com a ajuda do Capita.
O ex-lateral será uma espécie de embaixador do clube, fazendo a aproximação com empresas e investidores – no caso alemão, ele é muito amigo de Franz Beckenbauer. Até agora as partes só tiveram conversas iniciais, ainda antes da eleição de Carlos Eduardo como presidente, e a negociação deve ser retomada com valores sendo discutidos em breve.
A Adidas já patrocina Flamengo e Fluminense no Rio de Janeiro, além do Palmeiras, o que pode atrapalhar o negócio. O Alvinegro recebeu R$15 milhões pelos três anos de contrato com a Puma, e a nova direção procura dobrar esse valor para fechar com a nova fornecedora, seja qual for.
Fonte: Futnet e Globoesporte.com

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Plano Sócio Torcedor do Botafogo é um fracasso - estamos atrás de Sport, Ceará, Osasco e Chapecoense


O Botafogo tem que buscar novas receitas. Atualmente, o clube arrecada cerca de R$ 100 milhões por ano, a pior relação entre receita e dívida dos grandes clubes brasileiros.

Uma das possíveis saídas, o programa de sócio-torcedor,  atualmente é um fracasso. Com 8.566 pagantes, o programa é apenas o 19º do país, atrás de Bahia, Santa Cruz, Ponte Preta, Sport, Joinville, Chapecoense, Ceará e até Grêmio Osasco. 

Atualmente contamos com um quadro de 8566 sócios torcedores e bastariam 2000 novos sócios para pularmos de 19º para 15º colocado. Sei que o ano com Maurício Assumpção foi duro, que há poucos motivos para acompanhar esses últimos jogos. Mas façamos a nossa parte. Não vamos perder nossa capacidade de nos indignarmos e fazermos crescer novamente, bela e altiva, a Estrela Solitária.

Quem é Carlos Eduardo Pereira - o novo presidente do Botafogo 15-16-17



Caríssimos, 

Foi um ano péssimo para todos nós. Da Libertadores ao Rebaixamento, passando pela perda do Engenhão, demissão de quatro jogadores e descontrole fiscal talvez, e eu realmente insisto no talvez, nossa única boa notícia seja a eleição de um novo presidente. E o nome da vez é Carlos Eduardo Pereira. O novo mandatário recebeu 442 dos 1.224 votos do pleito entre os associados e foi empossado imediatamente após a apuração já que Maurício Assumpção sai do Clube Botafogo Futebol e Regatas pelas portas do fundo. Será ele o nome que reconduzirá a Estrela Solitária para a estrada de louros? Para isso, devemos responder uma pergunta:

Afinal, quem ele é? 

Carlos Eduardo Pereira tem 56 anos, administrador com especialização em marketing, concorreu à presidência do Botafogo em 2011, quando foi derrotado por Maurício Assumpção, e foi vice-presidente do clube entre 1994 e 1996, quando o Botafogo foi campeão brasileiro. Carlos Eduardo Pereira ainda tem o ex-jogador Carlos Alberto Torres como aliado e faz duras críticas à gestão atual botafoguense.

Principais Medidas:

De imediato, voltar ao ato trabalhista para evitar a penhora da receita e reintegrar os quatro jogadores demitidos: Bolívar, Emerson Sheik e os laterais. 

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Conheça as propostas de cada candidato à presidência do Botafogo em 2014



Rio - Vivendo o pior ano em toda sua história, o Botafogo conhecerá, nesta terça-feira, o seu novo presidente para os próximos três anos. Quem assumir a direção do clube sabe que terá um desafio gigantesco pela frente. Com o iminente rebaixamento para a Série B do Brasileirão e com 100% das receitas bloqueadas pelo Ministério do Trabalho, o cenário para o Alvinegro em 2015 é caótico.
Na disputa pelas eleições do clube estão Carlos Eduardo Pereira, Marcelo Guimarães, Thiago Cesário e Vinicius Assumpção. Em entrevista ao Jornal O Dia , os quatro candidatos contaram um pouco de sua história com o Botafogo e mostraram quais as principais propostas para recolocar o time Alvinegro de volta nos trilhos.

Confira a entrevista:

O que leva alguém a querer ser presidente do Botafogo na atual situação?

Carlos Eduardo Pereira: No momento que o clube está mais precisando, é que nós alvinegros temos que nos apresentar e aceitar o desafio. Você dirigir uma instituição com tudo direitinho, tudo pago, em dia, receitas liberadas, é muito interessante. É claro que não gostaríamos que o Botafogo estivesse nesta situação, mas infelizmente, a realidade é outra e nós vamos oferecer nossa experiência. Em 92, passamos por coisa parecida, mas em escala diferente, quando Emil Pinheiro tirou o time dele e levou para o América. O Botafogo ficou praticamente sem time e o Jorge Aurélio assumiu.
Eu assumi a vice-presidência administrativa. No ano seguinte,com o Mauro Nei, conquistamos a Conmebol com um time montado graças ao Aurito Ferreira, brilhante vice-presidente na época. É muito da criatividade e credibilidade para inverter este quadro. O Botafogo sempre foi um time com muito conceito e muita credibilidade, representado por grandes homens. Acho que podemos marcar um reencontro com a história do Botafogo e quebrar essa imagem negativa de penhoras, falta de dinheiro e assumir os compromissos do clube. Não é fácil, mas acredito que temos um grupo bom e disposto a trabalhar em favor do Botafogo.
Marcelo Guimarães: Tenho duas razões fundamentais. Uma de caráter objetivo e outra subjetiva, afetiva. Minha formação, trajetória e experiência profissional me impulsionaram a aceitar esse grande desafio. Tive uma vivência como profissional no clube e sei o quanto a política atrapalha o seu desenvolvimento. Venho na política para despolitizar o clube, para apoiar o trabalho de uma equipe de profissionais de mercado, testados, experientes, que irão trabalhar em um ambiente corporativo moderno e eficiente. A outra é emocional. Aos 7 anos, fui levado pelas mãos do meu avô Júlio, grande alvinegro e pelo meu pai Aguinaldo, para assistir aquele esquadrão de 67-68 e minha vida nunca mais foi a mesma. Sou irmão do Aguinaldo Jr., grande botafoguense, pai da Manuela e recém-casado com a Ana Paula, minhas alvinegras queridas. Vou misturar amor e profissionalismo na medida certa.
Thiago Cesário: A paixão pelo Botafogo. Em relação ao Botafogo, eu não penso, ele me enlouquece. Então, a paixão me motiva a aceitar desafios, a largar a vida e tentar ajudar o clube. Há muitos anos eu resolvi parar de falar e reclamar e tentar colocar a minha inteligência, meu trabalho, meu network a serviço do Botafogo. O outro lado é a missão. Eu represento a chapa azul, a chapa de união do Botafogo. 110 de história do futebol ali dentro, temos ex-presidentes como o Montenegro, Bebeto, muita história ali dentro. A minha chapa eu consegui trazer desembargadores, juízes, advogados, promotores, procuradores, economistas, todos os apoiadores financeiros que ajudam o Botafogo há mais de uma década. Eu consegui trazer todas as pessoas que militam no futebol pelo Botafogo.
Então eles me deram essa missão. Nós tentamos fazer uma chapa de união, mas não foi possível. Tentamos unir todas as correntes e nós fizemos a maior união possível dentro do clube. Está todo mundo representativo na nossa chapa, menos aqueles que estão nas outras, mas que não são tantos assim , sem querer falar mal ou menosprezar, mas a história do Botafogo, dos grandes vencedores estão todos comigo nessa missão de recolocar o Botafogo no trilho pelos próximos 100 anos. Eu aceitei a missão.
Vinícius Assumpção: Nos últimos 40 anos, tenho ido a todos jogos e vejo da arquibancada o Botafogo perder musculatura, perder tamanho. O Botafogo vem se apequenando a cada ano, tornado-se menor, e o mais grave, que é perder a capacidade de andar sozinho. A cada ano que passa, o clube depende de um salvador da pátria, de um Messias. Isso está errado. Estou vendo o Botafogo ir para o ralo, morrer. Decidi ser candidato a presidente do Botafogo naquele jogo de 4 a 0 para o Flamengo em 2013 na Copa do Brasil. Ali eu vi que não era mais o clube que eu aprendi a amar.
Nós precisamos dar uma guinada, começamos a discutir e juntar um grupo de pessoas para poder apresentar um projeto que mude o modelo de gestão. O Botafogo precisa sair na frente e a única chance de sobreviver é apresentar algo novo para conseguir. Para isso, temos um modelo de gestão totalmente profissional, aonde vamos dar um tratamento especial à questão financeira e à ampliação democrática. Hoje, o Botafogo é um clube de poucos. Eu falo isso há mais de 20 anos. Então, sou candidato para mudar o modelo de gestão, colocar o Botafogo nos trilhos e principalmente ampliar a democracia.
Eu não vejo o clube se fortalecer novamente sem a sua torcida ao lado. Eu não quero estar com eles olhando de longe, só falando que preciso deles porque tenho que ter sócio-torcedor e encher estádio. A torcida tem que estar dentro do clube, tem que ser parte integrante desse processo de recuperação. Sem isso, nós não vamos conseguir ultrapassar essa barreira e o clube pode ter um triste fim, coisa que nenhum grande Alvinegro está querendo.
Em grave crise financeira e com salários atrasados, candidatos focam na recuperação financeira do clube
Foto:  Rodrigo Stafford
Sempre foi um sonho seu?

Carlos Eduardo: É uma coisa que vem acontecendo com o tempo. Sempre fui da arquibancada. Acompanhando meu pai no Maracanã ou no estádio de General Severiano. Meu objetivo sempre foi ser um torcedor e quando o Botafogo estiver voando num céu de brigadeiro eu quero voltar para a arquibancada e ficar fora, porque não é esse o meu objetivo. É um momento especial na vida do clube e, como iniciamos esta oposição em 2011, a ideia é continuar esse trabalho em 2014.
Marcelo: Nem em meu mais remoto sonho imaginava ser presidente do Botafogo. Sonhava quando criança em jogar no Botafogo, queria ser o Roberto Miranda, meu grande ídolo de infância. Quando saí do clube, com meu contrato rescindido, em nome de um projeto de aparelhamento do clube, meu sonho já nasceu como projeto e aqui estou eu, pronto para servir ao clube.
Thiago: Sempre tive esse sonho. Como botafoguense público e alucinado, sempre achei que um dia eu poderia ajudar o botafogo e eu ia ficar muito orgulhoso se eu pudesse ser presidente do clube. É um sonho de juventude, nem de criança é. Depois que eu passei dos 20 anos e comecei a me destacar profissionalmente, pensei que poderia emprestar um pouco do meu sucesso, da minha capacidade técnica de gestão pro meu clube do coração. Eu achei que iria realizar esse feito mais velho, depois dos 60 anos, mas estou realizando depois do 50 e já está bom.
Vinícius: Eu sempre falei que gosto de sonhar coletivamente. Um sonho coletivo vira realidade. Quando se sonha sozinho, você não consegue transformar. O que eu queria era juntar as pessoas que pensavam igual a nós e dar um basta. Implementar um modelo diferente no Botafogo e o meu nome foi consequência. Poderiam ter sido outros nomes, temos outros na chapa, como o Marcos Portela, o André Barros, o meu vice-presidente Ique e tantos outros, que poderiam estar no meu lugar, mas, de consenso, as pessoas escolheram o meu.
Para mim, dirigir o clube será um grande privilégio. Muita gente fala que são quatro malucos que estão querendo ser presidente do Botafogo para que, tem até quem desconfie que queiram se dar bem. Para mim não é isso. Será um privilégio ser presidente do clube porque eu não quero me servir do Botafogo, eu quero servir a ele. Meu sonho é terminar o mandato com o Botafogo nos trilhos no final dos três anos.

Por que não se juntou com nenhuma outra chapa?

Carlos Eduardo: Motivos diversos. O principal deles é que quisemos manter nossa posição pura de oposicionista. As outras chapas, de uma maneira ou outra, tiveram ligações com as gestões do Maurício. O Vinícius foi conselheiro e não fez oposição. O Marcelo era um funcionário remunerado que foi demitido pelo Maurício e o Thiago foi vice do Maurício até poucos dias atrás. Então, a gente quis se manter com a identidade da oposição. Estivemos aberto ao diálogo, inclusive com o próprio Carlos Augusto Montenegro (Chapa Azul), mas a proposta dele de união era uma união que ele dominava a chapa, então não havia menor condição de acontecer. Tanto é que compusemos a "Botafogo Acima de Tudo" com Nelson Mufarrej, que será o vice geral. Somos realmente a chapa que reúne as pessoas de oposição no Botafogo.
Marcelo: Fomos procurados por todas elas, mas não encontramos abrigo em nossas visões e projetos. Mas nosso compromisso é convocar todos os botafoguenses de boa vontade, em caso de vitória, e estar à disposição deles em caso de não vencermos o pleito.
Thiago: Nós tentamos uma união de todas as chapas e depois tentamos com somente uma delas, mas não aceitaram e não foi possível essa aglutinação, agregar os melhores valores alvinegros para tentar resolver os inúmeros e gigantescos problemas que o clube vai ter, principalmente, no ano de 2015.
Vinícius: Desde 84 ou 85 que isso não acontece dentro do Botafogo. Acho que surgiram quatro chapas porque chegou o fim da linha e as pessoas resolveram se mobilizar. Nós tentamos buscar algumas unidades durante o tempo. Eu até costumo dizer que nós vamos ganhar a eleição e iremos dialogar com as outras três. Não quero administrar o clube sozinho. Isso não é uma tarefa de um homem só. Tentamos o diálogo desde o inicio, mas tinham alguns conceitos que nós não podíamos abrir mão, principalmente essa questão da ampliação da democracia interna e do modelo de gestão. As outras chapas até apresentam algum modelo diferente, mas não estão tão enfáticas na questão da democracia do clube.

Por que se considera mais preparado do que os outros?

Carlos Eduardo: A gente tem uma experiência de longa data e já vivemos uma situação semelhante em 92. Não tínhamos time e receitas. Tivemos que montar tudo às pressas. Depois, esta preparação que começou em 92, seguiu em 93, com o título da Conmebol, 94 nos trouxemos o túlio e 95 conquistamos o Brasileiro. Eu era o vice-presidente geral do Montenegro. A gestão do clube não apresenta surpresas. O mais importante é resgatarmos a credibilidade do Botafogo e resolver a questão das penhoras.
Marcelo: Sou o único entre os candidatos que teve uma experiência executiva recente no clube, e saberei dar o sentido de urgência que o Botafogo precisa nas questões que são fundamentais nesse momento, além de ter sentido na pele, o quanto a política atrapalha o desenvolvimento do nosso clube. Fui durante 3 anos e meio diretor de marketing do Botafogo, tive meu trabalho bem avaliado e trago toda uma proposta de profissionalização, fundamental para superarmos esse momento tão difícil.
Thiago: Por causa do grupo que me acompanha. Não vou analisar individualmente, respeito todos os candidatos. Eles são botafoguenses, são pessoas do meu relacionamento. Todos os candidatos eu conheço há muitos anos e alguns são meus amigos. Esses problemas, como os R$ 740 milhões de dívidas e mais da metade do seu orçamento comprometido com receitas a pagar aos credores precisam ser resolvidos por quem entenda. Teremos problemas seríssimos jurídicos e políticos pela frente. Você precisa ter um grupo muito heterogêneo para atuar nessas áreas e nós temos.
Vinícius: A minha história é diferente dos outros três. O Thiago, da Chapa Azul, na minha opinião é o candidato da situação. Representa esse modelo atual, é onde toda a diretoria do Maurício se encontra, pelo menos 90% está lá. O Botafogo é tão pequeno que virou uma província, acaba todo mundo se conhecendo por conta de ser pequeno internamente, na parte política. O Carlos Eduardo é um cara do conselho, nunca o vi na arquibancada. A mesma coisa o Marcelo Guimarães, que eu acho que é um executivo, um cara mais do marketing.
O Botafogo precisa de alguém que consiga entender aquela lógica do botafoguense na arquibancada e eu julgo que estou com isso mais forte A minha história é a arquibancada. Se eu falar quanto estádios eu conheço no Brasil, tirando esses da Copa do Mundo... conheço quase todos que o Botafogo já jogou. Na minha juventude, me enfiei em cada buraco para acompanhar o Botafogo. Me sinto mais preparado por perceber qual a direção que a torcida quer que o clube tome. Tenho história no Botafogo, conheço o clube profundamente, estou com 30 anos como sócio, sou formado em administração de empresas e estou com uma visão estritamente profissional.
Candidatos apostam em sócio-torcedor para reaproximar a torcida do Botafogo
Foto:  Márcio Mercante / Agência O Dia
Quais são suas principais propostas?

Carlos Eduardo: A principal delas é a questão fiscal. O Refis já está inicialmente garantido por um investidor botafoguense. Ao contrário do que a Chapa Azul tem dito, independe de quem vá ganhar as eleições. Os quatro candidatos firmaram esse compromisso e reconheceram essa operação. Foi uma ação para o Botafogo. Este grande investidor está fazendo uma colaboração inestimável ao clube. A partir de janeiro, o valor cai e o Botafogo pode começar a cumprir com suas receitas. Para isso, precisamos voltar ao Ato Trabalhista e, para voltar, precisamos recuperar a credibilidade. Infelizmente, o Botafogo foi afastado pela acusação de sonegar suas receitas.
A nossa proposta e vamos procurar os desembargadores do TRT no dia seguinte da nossa vitória. Nós vamos levar a eles a informação não só que o Botafogo quer arcar com seus compromissos, mas que está disposto a abrir para que o Tribunal coloque uma pessoa acompanhando toda a operação dentro do clube para ver que não há nenhuma sonegação e ver que estamos dispostos a pagar dentro da capacidade. Hoje, temos pouquíssimas receitas liberadas. Alguma coisa da transmissão, temos a possibilidade da negociação do uniforme, acho eu. Não sabemos se o atual presidente renovou ou não para 2015. Acho que não. Da TV, acho que ainda tem uns 15 milhões. Ou seja, devemos ter uns 40 milhões de reais previstos num orçamento de 100, que é mais ou menos quanto custa rodar o Botafogo dentro dos padrões. Infelizmente, você vê que o Botafogo em 2013 gastou 160 milhões. E as receitas são exatamente essas: Tv e patrocínio de camisa.
O Engenhão infelizmente a gente não sabe quando vai poder contar com ele. O principal foco é a questão fiscal. Resolvida ela, vamos poder começar a caminhar. Para o Carioca, vamos precisar de um estádio e nossa expectativa é que o Engenhão esteja liberado, mesmo que apenas com anel inferior: 20 mil torcedores. Temos esta expectativa. Temos a questão de partir para a construção de um centro de treinamento integrado. Não este modelo disperso que o Botafogo teve anunciado até hoje. Desde que Maurício tomou posse, ele anunciou uns 4 ou 5 CT's, fez pedra fundamental e não fez nada. No primeiro momento, a questão fiscal é que vai nortear nossa gestão. 
Marcelo : Na verdade, existe um um amplo projeto que aborda e prevê providências em relação a todos os assuntos fundamentais do nosso clube: melhor atendimento ao nosso sócio e ao nosso torcedor, a melhoria da sede do General Severiano, para melhor atender ao nosso associado e voltar a receber treinos do time profissional, prover os Esportes Olímpicos de recursos advindos de Leis de Incentivo a Cultura, prover o Botafogo de um time competitivo, equacionar nossas dividas, ampliar nossa capacidade de gerar receita, recuperar a credibilidade eretornar o clube ao império da Lei, além de construir os CT´s da Base e do Futebol.Acrescento relaciono o que chamamos de “medidas de primeiro dia”. São elas:Apresentar nosso projeto executivo, composto de múltiplas oportunidades de investimento e garantias de governança e responsabilidade fiscal para os atuais investidores Alvinegros e para o mercado em geral;Pedir audiência com o Governador, o Prefeito e o Ministro da Fazenda para comunicar opção pelas Leis de Refinanciamento e a adoção de medidas de governança, alinhadas com as mais modernas, testadas e eficientes tendências do bom mercado. Ajustar os termos do Ato Trabalhista e repactuar as dívidas recentes de custeio e salários. Estabelecer um Orçamento participativo já em 2015 para equilibrar as finanças correntes do Clube. Assumir imediatamente a gestão executiva do Engenhão, com ênfase nas atividades capazes de gerar renda e melhor atender nossa torcida. Por último, reunir o futebol, sem sobressaltos, nem medidas desestabilizadoras ou autocráticas, para redefinir hierarquia e compromissos, de curto, médio e longo prazo.
Thiago: O Botafogo precisa de três coisas urgentes: pagar o Refis, voltar ao Ato Trabalhista e recuperar o Engenhão. O Botafogo devia mais de R$ 180 milhões e o Refis refinanciou R$ 18 milhões em cinco parcelas de R$ 3,5 milhões. O clube já pagou três e a quarta vai vencer no dia 28 de novembro, dois dias depois que o novo presidente assumir e a quinta vencendo no final de dezembro. Depois disso, em janeiro, as parcelas caem para R$ 600 mil, aí você consegue equacionar essa dívida. Depois, precisamos voltar para o Ato Trabalhista, porque ele organiza a fila de credores do Ministério do Trabalho. Sem o Refis e o Ato, o Botafogo tem 100% de suas receitas penhoradas e aí você não consegue gerir o clube. Como gestor de uma empresa com mais de 17 anos de sucesso no Rio de Janeiro, além de outras que já tive, sei a fórmula para você administrar um negócio. Parece simples, mas você precisa de pulso para fazer. Você precisar ter as suas receitas pagando as suas despesas, você não pode ter despesas muito maiores que suas receitas. Esse é o segundo ponto. Quem vai fazer isso? Essa tropa jurídica que eu tenho dentro da Chapa Azul vai sensibilizar o juiz do TRT a permitir que o Botafogo volte ao ato trabalhista. O presidente do Tribunal vai mudar e o presidente do Botafogo também vai mudar, e é isso que o tribunal espera. Terceiro ponto é o Engenhão, que tem que voltar correndo.
Para ontem! É uma fonte de receitas que giram em torno de R$ 15 a 20 milhões anuais. Nós precisamos sensibilizar o prefeito Eduardo Paes para dar a contrapartida pelo tempo que o Engenhão ficou parado, pelos lucros cessantes e pelo dinheiro que o Botafogo perdeu. As previsões são que a folha de pagamento do Botafogo gire em torno de R$ 2 milhões, sendo otimista. Como você vai montar um time? Hoje a fo,lha de pagamento está em R$ 4,5 milhões. Vamos ter que conhecer os empresários, hoje a regra é essa. A determinação da FIFA (que afasta terceiros do futebol) ainda não vai entrar em vigor agora. O Botafogo vai se prepara para o futuro trabalhando a base como o ponto mais importante para o futebol e viabilizando as estruturas para o CT da bas. Mas tem o profissional também que a torcida não é paciente, mas fiel e sagrada. Ela nunca nos abandona. Vamos abrir o diálogo com empresários e montar o melhor time possível, que honre as tradições do Botafogo, que é uma das maiores vitrines do Brasil.
Vinícius: Tratamento profissional da dívida. Cuidar das finanças do Botafogo como se fosse uma empresa. Nós precisamos planejar e além disso, é necessário uma adequação. O clube só pode gastar o equivalente ao que recebe. Precisa ter uma politica responsável, apesar de conviver com a paixão, de ter que ter time, de ser campeão. Eu sou da arquibancada. Eu quero ser campeão. Para isso,precisamos buscar alternativas de receitas. Nós já estamos conversando com empresas que querem assumir o Engenhão, uma delas quer ir além desse processo, com camisa, Mourisco Mar, e outros tipos de patrocínio. Eu ainda não estou autorizado a dizer nomes, não tenho a confirmação. Estive conversando com um executivo e ele me disse: "Vinícius, se você apresentar alguma coisa diferente desse modelo que está hoje no futebol brasileiro, as empresas vão sair correndo atrás de você". Hoje, o futebol é uma caixa preta. Tem uma série de empresários e empresas que não querem vincular seu nome ao futebol porque é sinônimo de 'sacanagem', esconde-esconde, corrupção. Se você apresenta uma gestão ética, transparente, com modelo estritamente profissional e de forma diferenciada, você vai ter muita gente te procurando.
É isso que queremos para o Botafogo. Montar um plano de recuperação financeira, dar tratamento profissional em relação a divida, ampliar a democracia do clube com sócio-torcedor e já estamos estudando para poder apresentar um novo programa vinculado ao Engenhão, que terá de 4 a 5 categorias de sócios, onde nós consigamos atender a toda a demanda da torcida, ter uma politica de relacionamento muito forte de atendimento ao torcedor, de tratamento Vip e dar a ele direito de voto para que ele possa, pelo menos, escolher o presidente do clube depois de dois anos de adimplência e, depois de três anos contínuos, poder escolher em continuar a ser sócio-torcedor com direito a voto ou tornar-se sócio-proprietário com desconto, para poder ser votado e frequentar a sede social. Nós precisamos oxigenar a política dentro do Botafogo. - Quais as propostas para os esportes olímpicos? Carlos Eduardo: Os esportes olímpicos passam pela captação de recursos por projetos incentivados. Para isso, precisamos ter o CND. Para ter a CND (Certidão Negativa de Débito), voltamos à questão do Ato Trabalhista e Refis e questão do Fundo de Garantia por tempo de serviço. São essas questões que temos que resolver. Espero que consiga resolver. Temos uma estrutura razoável em termos de atletas. Vamos tentar incentivar ao máximo os esportes amadores, especialmente em ano olímpico (2016).
Em obras, Engenhão é um dos trunfos do Botafogo para recuperar a saúde financeira
Foto:  Bruno de Lima / Agência O Dia
Quais são suas propostas para os esportes olímpicos?

Carlos Eduardo: Os esportes olímpicos passam pela captação de recursos por projetos incentivados. Para isso, precisamos ter o CND. Para ter a CND (Certidão Negativa de Débito), voltamos à questão do Ato Trabalhista e Refis e questão do Fundo de Garantia por tempo de serviço. São essas questões que temos que resolver. Espero que consiga resolver. Temos uma estrutura razoável em termos de atletas. Vamos tentar incentivar ao máximo os esportes amadores, especialmente em ano olímpico (2016).
Marcelo: Precisamos manter nossas tradições relacionadas aos esportes olímpicos, em especial das equipes de base desses esportes. Termos a financiá-los e impulsioná-los, uma consistente estratégia de captação de recursos por via das Leis de Incentivo ao Esporte. Em relação ao Remo, coerentes com nossa proposta de respeito aos legados, vemos com simpatia, a manutenção de todos que comandam o esportes no cube, que tem nos enchido de orgulho.
Thiago: O Remo é manter a pegada. O Remo é tricampeão brasileiro e bi carioca. Os outros esportes como basquete, vôlei, futebol de salão, polo aquático, natação, esses vão ser trabalhados. O Botafogo tem uma vocação histórica com escolinhas, então eu quero a sede repleta de crianças com a camisa do Botafogo, tudo quanto é o esporte, tudo quanto é horário e tudo quanto é jeito. E também vamos pensar em um conceito de sustentabilidade, com parcerias públicas e privadas. Você tem leis de incentivos fiscais que vão possibilitar a captação de recursos para a melhoria das disputas em cima e no trabalho na revelação de atletas. As escolinhas vão dar sustentabilidade para os projetos. A situação financeira do Botafogo não vai permitir que você planeje colocação de dinheiro limpo ali. Não tem como tirar da entrada do clube para colocar no basquete, vai ser difícil. Com todo esse network que a chapa azul tem, com todo esse número de pessoas, nós temos certeza que as parcerias vão acontecer. Nós temos que colocar as pessoas certas, empolgadas, que tenham uma rede de trabalho e de contatos que tragam soluções para cada um dos esportes. O clube vai ser gerenciado descentralizadamente e isso vai permitir que cada esporte possa conseguir a viabilidade de seu sustento. Eu tenho certeza que isso vai trazer benefícios e competitividade para os esportes Alvinegro.
Vinícius: Meu vice geral é oriundo do esporte olímpico. O Ique, Luiz Claúdio Fetterman, do polo aquatico. Nós vamos dar o primeiro passo dividindo a gestão por sede. Deixar a arrecadação dentro das próprias sedes. O remo, na Lagoa, a natação no Mourisco, então a arrecadação dessas escolinhas ficarão para o próprio esporte. Vamos repensar uma estrutura de gestão financeira para que as sedes sejam auto-sustentáveis e o esporte olímpico está dentro desta lógica. Para ir buscar, depois, um grande investidor.
Quando você tira a receita das escolinhas do basquete, por exemplo e coloca dentro de um caixa único você não resolve os problemas do futebol nem do basquete. Aquilo é importante para a sobrevivência do basquete. E cada esporte vai fomentar as escolinhas porque elas serão fundamentais para suas receitas. É uma visão que eles vão buscar receitas novas.
Nós temos o Carlos Alberto Lancetta que vai nos ajudar nesta área e buscamos uma grande empresa que possa patrocinar todos os esportes olímpicos do clube. Buscar parcerias. Mostrar que a marca é boa, barata e com grande visibilidade. O remo faz bom trabalho, mas é isolado. Não tem um norte da direção para os esportes olímpicos.
Ali foi competência de um grupo de pessoas que até põe dinheiro do próprio bolso como o caso do meu vice no polo aquático. Trouxe agora dois australianos e banca do próprio bolso. O Botafogo, às vezes, não tem dinheiro para viajar, Eu muitas vezes ajudei em caixinhas para a equipe viajar para conquistar títulos pelo Brasil. Esta política temos que acabar.
* Colaborou Edsel Britto

BOCA DE URNA: Carlos Eduardo Pereira, apoiado pelo capitão do Tri na frente!


Nova parcial da boca de urna divulgada pelo Lancenet! às 16h41 com cerca de 600 associados que já votaram traz um panorama inalterado das intenções de voto para presidente do Botafogo. Carlos Eduardo Pereira, da Chapa Ouro, segue na frente, com 26,6%.
Em seguida, aparecem Marcelo Guimarães, da Chapa Alvinegra, com 19%; Carlos Thiago Cesário Alvim, da Chapa Azul, com 17,3%; e Vinicius Assumpção, da Chapa Alvinegra, com 16,5%. Não declararam em quem votaram 20,6%.
Fonte: LAncenet

Carlos Eduardo Pereira, da chapa Ouro e apoiado por capitão do Tri está na frente


Nova parcial da boca de urna divulgada pelo Lancenet! às 16h41 com cerca de 600 associados que já votaram traz um panorama inalterado das intenções de voto para presidente do Botafogo. Carlos Eduardo Pereira, da Chapa Ouro, segue na frente, com 26,6%.
Em seguida, aparecem Marcelo Guimarães, da Chapa Alvinegra, com 19%; Carlos Thiago Cesário Alvim, da Chapa Azul, com 17,3%; e Vinicius Assumpção, da Chapa Alvinegra, com 16,5%. Não declararam em quem votaram 20,6%.
Fonte: LAncenet

sábado, 22 de novembro de 2014

Carta aberta de Hélio de La Peña ao Maurício Assunção (ex-presidente no dia 25)



O Botafogo pode sofrer amanhã o segundo rebaixamento à Série B de sua história. Um momento doloroso para seus torcedores. Um dos mais ilustres entre milhões, o humorista Helio de La Peña, a pedido do Jogo Extra, manifesta todo o sofrimento dos alvinegros em uma carta aberta ao presidente Maurício Assumpção, que está de saída do clube, pela porta dos fundos.

Na terça-feira, quando o rebaixamento pode estar consumado, será realizada a eleição presidencial no clube, quando o sucessor de Assumpção será escolhido para administrar um clube afogado em dívidas e sem recursos para investir. Em sua carta, De La Peña faz um resumo da passagem de Assumpção pelo clube, e declara seu amor imortal pelo Botafogo.

“(Des)prezado Presidente

Há seis anos você chegou ao Botafogo sem que soubéssemos direito quem era. Sua imagem, a de alguém que não vinha dos meios futebolísticos, era um bom sinal. Um dentista que poderia dar um trato no sorriso alvinegro. Sua primeira gestão foi elogiada por torcedores e pela imprensa esportiva. O Botafogo começou a despontar como um clube sério. E você, um dirigente que estava pondo a casa em ordem.

Veio o segundo mandato. Eleito unanimemente, teve a chance de escrever seu nome nas páginas mais gloriosas. Contratou Seedorf, uma estrela internacional, e elevou assim a auto estima da torcida. Voltávamos a ter um ídolo e a dar inveja aos rivais. Sabíamos que sozinho ele não poderia resolver a parada. Mas tínhamos um bom elenco ao seu redor e os resultados começaram a aparecer. Infelizmente, o sonho durou pouco.
Perdemos o Engenhão, perdemos receita, a coisa desandou. Aos poucos o time começou a ser desmontado. Vitinho foi o caso exemplar. No final do Brasileirão 2013, víamos Jefferson no gol, Seedorf lá na frente e mais nada. De favoritos, passamos a rezar por uma vaga na Libertadores.

Começamos este ano disputando o mais importante torneio da América do Sul, o que não acontecia havia 17 anos. De que maneira? Com um técnico que nunca comandara a equipe principal e um elenco bem abaixo do que tínhamos seis meses antes – Seedorf voltou para a Europa. O resultado não podia ser outro.

Aliás, 2014 é um ano para se esquecer. O pior desempenho num Campeonato Carioca neste milênio. Dívidas não honradas, jogadores medíocres contratados, salários não pagos, derrotas sucessivas. Até que você resolveu dar um basta na indisciplina. Demitiu quatro titulares e assumiu em público a responsabilidade das consequências do ato. Se mereciam, não vem ao caso. O fato é que o momento foi o mais inadequado possível. Já não estávamos bem no campeonato e só pioramos. Na verdade, você deu um basta na nossa esperança.

No instante em que escrevo, acumulamos 9 vitórias em 35 jogos! Para escapar da segunda divisão, precisamos de 3 vitórias em 3 jogos! Haja margem de erro... E isso não basta, dependemos de uma milagrosa combinação de outros resultados. O ideal é trocar a comissão técnica por uma comissão de matemáticos e
rezadeiras.

Mas a torcida pode dormir tranquila. Você assume a responsabilidade da queda para a série B. O que significa isso? Se alguém vier nos sacanear, mandamos ligar pra você?

Dia 25 de novembro teremos eleições no clube. No dia seguinte alguém assumirá esta cadeira. E você volta para seu consultório de dentista sem responder por nenhum dos atos irresponsáveis. Ficamos nós, torcedores, arrasados após a passagem de um tsunami. Sem time, sem dinheiro, sem estádio, sem série A. Vai ser duro sair deste buraco.

Mas vamos resistir. Vamos juntar nossos cacos, levantar a cabeça e olhar para o futuro. Brigando para que um dia voltemos a ver lá na frente o Botafogo de craques como Garrincha, Nilton Santos, Jairzinho, Paulo Cezar Caju, entre tantos outros.

E ninguém cala...”

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Assumpção x Montenegro - o Botafogo vai de mal a pior


Criticado duramente pelo ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, Mauricio Assumpção rebateu as alfinetadas. O atual mandatário do Botafogo, até o dia 25 de novembro, baseou sua defesa no pagamento de dívidas antigas.
- Da mesma forma que ajudou muito esta administração atual, o Montenegro sabe que a atual diretoria pagou muitas contas de gestões passadas. Como no caso específico de uma ação no Banco Central, no valor de R$ 9 milhões, que conseguimos reduzir para R$ 7 milhões e acertar o parcelamento. Somente nesta diretoria pagamos mais de R$ 120 milhões de dívidas de gestões anteriores, incluindo acordos, Timemania, dívidas fiscais cíveis e trabalhistas – afirmou ao site “Globoesporte.com”.
Assumpção também falou sobre a decisão de afastar Bolívar, Emerson, Edílson e Julio Cesar e sobre a recusa de Montenegro de voltar a ajudar financeiramente.
- Quero deixar claro meu respeito pelo Montenegro. Ele tem o direito de querer ajudar ou não. Na minha gestão já ajudou muito, inclusive dando aval em operações de crédito. Mas quero deixar claro que obviamente não concordo com essa declaração de que quero ver o Botafogo rebaixado. Ele disse que não ouvi ninguém ao afastar os quatro jogadores. Mas quando o Botafogo perdeu para o River Plate, na Copa Sul-Americana (de 2007), também reclamou publicamente dos jogadores, dizendo que estavam fazendo corpo mole, sem ouvir ninguém. Depois o time, que até então estava bem no Brasileiro e tinha chance de ir à Libertadores, passou a ter um desempenho muito ruim – lembrou Assumpção.
Fonte: Globoesporte.com

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

MP CONCLUIU QUE LUSA RECEBEU PARA ‘CAIR’. FLA E FLU SÃO OS SUSPEITOS

O Ministério Público concluiu que o meia Héverton foi escalado irregularmente de maneira premeditada pela Portuguesa no Campeonato Brasileiro de 2013 em troca de vantagens financeiras para alguns funcionários. Os valores podem variar de R$ 4 milhões a R$ 20 milhões. Todas as informações são do jornal ‘O Estado de S.Paulo‘.
Em outras palavras, segundo o inquérito que ainda está andamento, a Lusa vendeu sua vaga na Série A. O MP, agora, quer descobrir quem comprou. De acordo com as informações do periódico, as principais suspeitas recaem sobre o Flamengo, que se salvou do rebaixamento com a punição da Lusa, e o Fluminense, também ameaçado.
O órgão se ampara em três provas para chegar à conclusão. Primeiro: a CBF enviou um email, via Federação Paulista de Futebol, que foi aberto pela Lusa, com seis funcionários cientes da informação. Segundo: a partir de conversas telefônicas, o MP concluiu que o clube sabia do julgamento do jogador.
Por último, uma pasta com informações sobre jogadores suspensos e pendurados foi entregue para a comissão técnica. A punição de Hevérton não constava nos documentos.
De acordo com o Estadão, a investigação agora se encaminha para descobrir a movimentação financeira que concretize a fraude. Para tal, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) quebrou o sigilo bancário de funcionários da Portuguesa.
No ano passado, após a escalação irregular ter sido revelada, a Portuguesa foi punida pelo STJD. Com a perda dos pontos, o clube foi para a zona de rebaixamento e caiu para a Série B. Nesta temporada, com campanha sofrível, a Lusa caiu para a Série C após disputar 33 rodadas na segunda divisão.

Fonte: ESPN.com.br e O Estado de S. Paulo

Revista britânica reconhece: Grenal é um dos maiores clássicos do mundo

Saiu a nova edição da revista FourFourTwo, uma das principais do mundo da bola e da qual sou correspondente no Brasil desde 2010, com muita alegria. Por um loooooongo mês discutimos os maiores clássicos que existem, tentando dar peso à atmosfera do estádio, aos jogadores, às tradições e por aí vai. No resultado final, o nosso amplo júri reconheceu: o Gre-Nal é um dos dez maiores neste planeta.
Não é pouco: trata-se de um reconhecimento internacional raro ao tamanho do clássico gaúcho. Ao lado do Gre-Nal, fazem parte da lista final o Lazio x Roma, Nacional x Peñarol, Real Madrid x Barcelona, Borussia Dortmund x Schalke 04, Fenerbahce x Galatasaray, Celtic x Rangers, Boca Juniors x River Plate, Al-Ahly x Zamalek e Liverpool x Manchester United. 
A FourFourTwo, que completou 20 anos há poucos meses, já tinha tratado longamente em suas páginas do Fla-Flu e de Corinthians x Palmeiras. Desde o início da montagem dessa reportagem, defendi o Gre-Nal como maior clássico do Brasil porque é essa também a opinião de muitos jogadores e treinadores. No texto, advogo que o clássico é gigante porque no Rio Grande do Sul é impossível ser neutro.
Somados todos os nossos critérios, o Gre-Nal ficou em sétimo lugar, com 54 pontos entre 80 possíveis. A lista é encabeçada pelo clássico argentino, com 65 pontos. Em seguida aparecem Barça x Real (62), Nacional x Peñarol (59), Liverpool x Manchester United (58), Celtic x Rangers (56), Fenerbahce x Galatasaray (56), o Gre-Nal, Lazio x Roma (54), Borussia Dortmund x Schalke (51) e Al-Ahly x Zamalek (49).  
Os leitores mais vorazes podem buscar a versão online da revista.
Aproveito aqui para mandar um abraço aos comentaristas do post de ontem sobre Luiz Felipe Scolari ter enlouquecido. Me diverti muito com os argumentos em contrário, em especial os que me viam como alguém que não entende o significado do Gre-Nal. Esse texto da FourFourTwo eu dedico a vocês.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Guaraviton pagou R$ 28 milhões ao Botafogo em 2014 e quer renovar para 2015


Para a próxima temporada, o Botafogo terá o retorno do Engenhão, que pode render R$ 20 milhões segundo a atual diretoria. A principal missão do novo presidente será comandar as negociações com patrocinador e fornecedor. O grupo Viton 44, que investiu R$ 28 milhões em 2014, quer renovar, mas espera o fim das eleições para iniciar conversa. Já a Puma pagou R$ 15 milhões pelos três anos em que ficou no clube e que se encerra em dezembro. Essa verba será determinante para saber quanto o Alvinegro poderá investir no futebol.
Fonte: UOL

A volta de Herrera em 2015


Qual alvinegro não gostaria de ver a dupla Herrera e Loco Abreu de volta ao clube? Ao que parece o argentino está mais próximo da estrela solitária.
Ninguém admite, mas já há quem diga que existe um planejamento para o Botafogo 2015. E independe do clube ficar na Série A ou não. Alguns nomes, dentro da realidade do Glorioso, são falados, entre eles Fábio Ferreira, Diguinho, Herrera e Cortês, que voltariam ao alvinegro. Outros jogadores pretendidos seriam Diego Souza (Sport), Willian Barbio (Bahia) e França (Figueirense)
Fonte: Blog Baú do Micheletti - Fox Sports

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Botafogo pode renovar com a Puma e conversa com Kappa e Penalty para 2015


Em conversas com a Kappa e Penalty para a próxima temporada, o Botafogo ainda pode renovar com a Puma, apesar da marca desagradar alguns dirigentes do clube em relação ao modelo de contrato e fornecimento de produtos. A Puma paga ao clube cerca de R$ 5 milhões por ano, e o contrato, assinado em 2012, encerra-se em dezembro. As informações são do Globoesporte.com.
Ainda de acordo com o site, o Botafogo chegou a conversar com a empresa americana Under Armour, que quer entrar no mercado brasileiro, mas as negociações não prosperaram.
Fonte: Globoesporte.com

Botafogo quer pagar mais de R$ 1 milhão por mês para voltar ao Ato Trabalhista

A volta ao Ato Trabalhista não será tão simples para o Botafogo. Isso porque nem mesmo o próprio clube sabe ao certo o que fazer. Inicialmente a diretoria estava animada com o julgamento no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) na última quinta-feira, o que poderia reinserir o Alvinegro. Porém, a diretoria de General Severiano desistiu do processo, já que está em fase final de criação de uma nova proposta, que consiste no pagamento de mais de R$ 1 milhão por mês para quitar suas dívidas trabalhistas.
O novo requerimento já está em fase final de elaboração. Assim que for concluído, o documento será entregue ao TRT para que um novo Ato Trabalhista seja julgado. O Botafogo junta garantias que provem a condição de cumprir com o que está escrito no documento. A expectativa no Alvinegro é positiva já que a nova proposta é ainda superior à primeira, que previa pagamento de R$ 800 mil mensais.
A volta ao Ato Trabalhista representa muito para o Botafogo. Isso porque o clube está com 100% de sua renda penhorada desde que saiu da lista, em julho de 2013. Explica-se. No Ato, os credores do Alvinegro encaram uma fila para receber o que tem direito, o que não ocorre atualmente. Assim, toda a verba do clube é destinada para pagar dívidas.
Porém, as dívidas trabalhistas não são o único problema do Botafogo. A Receita Federal também tem penhorado a verba de transações de atletas, casos de Fellype Gabriel e Andrezinho. A situação é bastante delicada e o Alvinegro tenta manobras para receber o dinheiro antes do bloqueio, o que aconteceu, por exemplo, na venda de Vitinho – dinheiro serviu para pagar salários atrasados na oportunidade.
Recentemente o Botafogo obteve um parecer do Ministério Público do Trabalho, que recomendava ao TRT a inclusão do Botafogo no Ato Trabalhista. O relatório mostrava que o clube tinha condição de firmar um novo acordo judicial para que suas dívidas trabalhistas fossem parceladas, dando fim às penhoras. No entanto, a expectativa é de que o Ato passe a valer em 2015.
Fonte: UOL

Assumpção pretende pagar atrasados com R$ 6 milhões recebidos de adiantamento das cotas de TV

O Presidente Maurício Assumpção adiantou a verba do Botafogo referente a disputa do Campeonato Carioca 2015. Ele conseguiu um adiantamento de seis milhões de reais, equivalentes aos 15 jogos da primeira fase da competição, o que são 400 mil reais por partida. O dirigente tenta fechar o mandato sem dívidas com os jogadores. A idéia é quitar nos próximos dias os dois meses de salários e cinco de direitos de imagem. Com isso, o próximo presidente vai assumir o clube com as finanças comprometidas. O Botafogo também tem o direito de receber 50 milhões de reais pelos direitos televisivos, sendo que parte desta quantia já foi usada para a manutenção da folha salarial do futebol alvinegro.
Além do Grupo Vitton 44, que investiu quase 30 milhões de reais no Botafogo em 2014, tem o desejo de renovar o patrocínio master até o fim de 2015. Os representantes da empresa esperam pelo fim das eleições para iniciar conversa. A negociação também não foi iniciada devido a indefinição sobre o futuro do clube que luta para manter-se na Série A do Campeonato Brasileiro. Um possível rebaixamento pode representar uma redução no valor do patrocínio. Maurício Assumpção, no entanto, tenta costurar o acordo antes do fim do mandato dele para deixar o Botafogo com dinheiro em caixa para o próximo ano.
A baixa é o contrato da PUMA com o Botafogo que termina em dezembro, a empresa alemã já pagou 15 milhões de reais pelos três anos em que ficou no clube. Algumas empresas já manifestaram o interesse em fornecer material esportivo para o Botafogo, mas nenhuma proposta foi formalizada devido ao momento político do clube. Comenta-se nos bastidores que a Nike estaria disposta a investir no Botafogo pelo periodo de três anos.
Fonte: Site da Rádio Tupi

BOMBA: Corrupção na Lusa pode ter favorecido o Flamengo

Jornalista Jorge Nicola, do portal Yahoo: “O senhor já sabe por que o Héverton foi utilizado irregularmente na última rodada do Brasileirão de 2013?”
Ilidio Lico, presidente da Lusa: “Foi coisa premeditada. Não dá para falar muito, porque eu não tenho como provar e ainda vou acabar processado, mas sabemos da participação do departamento jurídico. E agora estamos tentando eliminar o Manuel da Lupa”.
Pela primeira vez, a Lusa admitiu que vendeu a escalação irregular de Héverton em 2013.
Para quem não lembra o caso, aqui vai um breve resumo:
Na última rodada do Brasileirão de 2013, o Flamengo jogou contra o Cruzeiro, num sábado, uma partida que já não valia nada em termos de classificação. Mas o time carioca escalou irregularmente o jogador André Santos e, pelo regulamento, perdeu quatro pontos. A perda desses pontos deixou o time com 45 e acarretaria no rebaixamento do Flamengo, que ficaria um ponto atrás do Fluminense, que tinha 46 e era, até então, o primeiro time dentro da zona de rebaixamento.
No dia seguinte, domingo, a Lusa, que tinha 48 pontos e estava garantida na Série A do ano seguinte, disputava uma partida contra o Grêmio. O time paulistano também escalou um jogador irregularmente – Héverton – foi punido com a perda de quatro pontos e terminou o campeonato com 44, livrando o Flamengo do rebaixamento.
A classificação final do campeonato ficou: Lusa em 17º com 44 pontos, Flamengo em 16º, com 45, e Fluminense em 15º, com 46 pontos.
A imprensa, em peso, defendeu a Lusa, dizendo que a escalação de Héverton havia sido um engano e que não interferira no resultado da partida. A Lusa disse que não havia sido avisada da suspensão do jogador, o que foi desmentido depois pelo Ministério Público, que garantiu que pelo menos seis funcionários do clube sabiam da suspensão.
A perda de pontos e o consequente rebaixamento da Lusa causaram uma comoção. Torcedores fizeram passeata de protesto e diretores do clube reclamaram de uma suposta “perseguição” contra o clube.
Agora, com a confissão de Ilidio Lico – o mesmo que, meses atrás, jurava a inocência do clube - acabou o “coitadismo”. A Lusa não foi vítima de nada, ela simplesmente vendeu sua vaga na Série A, como admite seu presidente.
A reportagem do Yahoo saiu há uma semana. Desde então, venho procurando na imprensa esportiva brasileira a repercussão dessa entrevista, mas não achei quase nada. Ingenuamente, achei que a confissão seria manchete em todos os jornais e noticiários.
Então o presidente de um clube admite a corrupção e fica por isso mesmo? Cadê a torcida da Lusa para protestar? Os torcedores foram prejudicados por uma diretoria desonesta, e não há um protesto sequer?
Mais importante: cadê o Ministério Público, que estava investigando o caso, mas sumiu de repente? Uma confissão dessas não é suficiente para deflagrar uma devassa nas contas de dirigentes?
Quem comprou a diretoria da Lusa? Quanto foi pago? Quem da diretoria se beneficiou?
Será que nossos comentaristas esportivos, que adoram fazer proselitismo e discurso pela moralidade, admitirão que erraram ao defender a Lusa? Cadê a indignação geral?
Beneficiados foram Flamengo e Fluminense, qual dos dois será o culpado?