Caríssimos Alvinegros,
A Caixa Econômica Federal já paga mais aos times Flamengo e Corinthians. O Presidente Lula constrói uma casa para seu time com verba pública. Como se não bastasse, a Globo do falecido urubu Roberto Marinho parece beneficiar ainda mais esses dois times com as cotas de TV.
Se em 2014 o diretor de futebol do São Paulo,
Ataíde Gil Guerreiro, mostrou-se indignado com as cotas que a Rede Globo pagará
a partir de 2016 aos times com o maior número de torcedores no Brasil,
respectivamente Flamengo e Corinthians, cerca de R$ 170 milhões por ano,
enquanto o Tricolor do Morumbi receberá “apenas” R$ 110 mi, o terceiro
maior valor imagine os torcedores de Cruzeiro, Inter, Atlético, Grêmio e Botafogo?
“Vai ser um massacre, um domínio total. Se o Flamengo e o Corinthians
forem bem dirigidos, não vai sobrar nada para os outros clubes”,
afirmou o inconformado dirigente Gil Guerreiro ao jornalista Luis
Augusto Simon.
“Espanhanholização” é o termo cunhado pelo especialista em marketing
esportivo Amir Somoggi e que após a implosão do “Clubes dos 13” ganhou
força entre os times nacionais que passaram a negociar os seus próprios
contratos com a detentora dos direitos televisivos – “Rede Globo”- que
segundo o site Futebol Business pagou pelo triênio 2012 -2015, R$ 2,7 bi
pelas partidas da série A, no canal aberto e nos fechados, sem contar o
pay-per-view.
Entre 2016 e 2019, a Globo pagará R$ 4,11 bi no total, e Timão e Fla
passarão a receber R$ 60 milhões a mais que os são-paulinos por ano, não
contando os recebimentos do “pague para ver”, uma diferença que pode
significar os salários do departamento de futebol por 12 meses.
Abaixo, os valores pagos pela TV Globo aos times de futebol a partir de 2016
Times | R$ milhões/ano |
Flamengo | R$ 170 |
Corinthians | R$ 170 |
São Paulo | R$ 110 |
Vasco | R$ 100 |
Palmeiras | R$ 100 |
Santos | R$ 80 |
Cruzeiro | R$ 60 |
Atlético MG | R$ 60 |
Botafogo | R$ 60 |
Fluminense | R$ 60 |
Grêmio | R$ 60 |
Internacional | R$ 60 |
Outros | R$ 35 |
Em contrapartida, o equilíbrio tão alastrado como beneficente ao
campeonato nacional pode se perder com os anos devido à diferença
financeira. Algumas ligas européias adotaram um sistema diferente da
divisão dos direitos televisivos.
A Premier League, a primeira divisão do futebol inglês, comercializou
os seus jogos para a TV aberta e a cabo por € 1.250 bi ano, de 2013 a
2016. Eles dividem 70% do valor total em partes iguais aos 20
participantes, 15% pela classificação na competição e 15% pela audiência
alcançada. A fórmula inglesa mantém a competitividade e deixam as
agremiações cada vez mais ricas.
Outro sistema diferenciado é a da Bundesliga, a liga alemã, que
negocia os direitos anualmente e reparte em partes iguais para todos que
disputam a competição. Critério muito questionado pelo Bayern de
Munique.
Já entre os italianos, o Ministério Público precisou intervir para
que o modo desprorpocional da negociação individual entre os times fosse
modificado. A partir de 1999, o pagamento da
TV para as entidades esportivas baseou-se em três itens: 1. 40% do
valor dividido em partes iguais a todos os times; 2. 30%: será repartido
devido ao desempenho no Calcio; 3. 30% pelo tamanho da torcida no país.
Apesar dos valores terem aumentado consideravelmente ( em 1999, os
clubes recebiam R$ 25 mi), o Campeonato Brasileiro, pentacampeão
mundial, seria apenas o sexto no quesito valor comercial dos direitos
televisivos ao lado do certame turco.
Fonte: Terceiro Tempo
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