Caríssimos alvinegros,
Justamente quando conseguimos a tão sonhada vaga para a Libertadores nosso elenco tornou-se o mais mediocre de toda a gestão de Assunção. Por que?
O Botafogo encontra-se em grave crise financeira, reduziu sua folha salarial de R5 milhões para R$ 3,5
milhões. Apesar de ter fechado patrocínios com Guaraviton e TelexFree, que
juntos rendem valores recordes aos cofres do Alvinegro, a
diretoria não consegue manter os vencimentos em dia. Segundo o
presidente Maurício Assunção, tudo se explica já que 100% das receitas
estão sendo penhoradas. Por conta desse bloqueio, que gera uma crítica
asfixia financeira, o dirigente é um dos mais engajados para que os
clubes brasileiros tenham suas dividas refinanciadas.
Maurício Assumpção tem se reunido frequentemente com os deputados
responsáveis pela implementação do Proforte – programa de equacionamento
de dívidas e que permitiria ao clube ter novamente receita. Além disso,
o dirigente já fez tudo para que o Botafogo volte ao Ato Trabalhista e
aguarda a decisão do Tribunal Regional do Trabalho para conseguir
diminuir a asfixia e ter parte das receitas desbloqueadas.
“Desde o ano passado sou o maior defensor do Proforte. Tenho me
reunido com todos os deputados envolvidos nessa questão e digo para eles
que esse ano vários clubes grandes passariam por situação financeira
muito complicada. Desde o inicio do ano estamos com 100% das receitas
penhoradas. Não conheço um projeto de reestruturação de empresa que
esteja com problema de passivo financeiro, ter 100% das receitas
penhoradas. Isso só gera novas dividas. Pago as antigas e crio novas. O
que é pior. Não consigo honrar os compromissos por esse motivo”, disse o
presidente do Botafogo.
Por conta disso, a dívida do clube aumento bastante nos últimos anos.
Quando Maurício Assumpção assumiu o clube, em 2009, o montante
representava R$ 280 milhões. Uma de suas primeiras atitudes foi
atualizar a quantia, que pulou para R$ 370 milhões. Atualmente, o débito
já está em R$ 496 milhões, um crescimento, portanto, de R$ 126 milhões,
admitido pelo próprio dirigente.
Uma das principais queixas dos atletas é a falta de promessa sobre
quando os salários serão colocados em dia. O presidente do Botafogo, no
entanto, explica que não tem como dar um prazo honesto, já que depende
da decisão de terceiros para voltar a ter acesso ao dinheiro e
finalmente quitar as dívidas com o elenco.
“Se eu não tiver minhas receitas liberadas, não tenho como pagar
ninguém. Falo isso desde o ano passado, desde o ano passado. O foco está
no Botafogo hoje, mas tem outros clubes em situação ainda pior. Tudo
esta convergindo para que esse novo Ato Trabalhista saia, mas tem
dividas fiscais ta
mbém. Tenho reunião em Brasiia, a última audiência nesta quarta. Vamos lá para falar a verdade. Tem dirigente vai lá e fala que está tudo bem. Não está não. É mentira. Sabemos a situação verdadeira”, desabafou Assumpção visivelmente transtornado com a situação.
Engenhão interditado
Outro grande revés foi a interdição do Engenhão. Não há nada esclarecido: há erros na estrutura? Quem são os responsáveis? Serão punidos? Quando será consertado? Quem arcará com os 45 milhões de prejuízo sofridos pelo Botafogo?
Cotas de TV
“Não tem como viver com um passivo desse, uma divida de R$ 400
milhões. Esse ano tínhamos uma receita livre da Globo [cotas de TV] de
aproximadamente R$ 16 milhões. Já perdi R$ 6 milhões, pois pagaram
dividas antigas com o bloqueio. Se tivesse esse dinheiro, jogadores
teriam recebido há muito tempo. Se não resolver isso, situação
financeira ficará cada vez mais complicada”, afirmou o presidente do
Botafogo.
Apesar de todo o empenho, ainda não existe uma previsão de quando o
Alvinegro será incluído no novo Ato Trabalhista ou quando será
implementado o Proforte. Maurício Assumpção tem apenas um desejo:
“Espero que essas soluções ocorram o quanto antes. O quanto antes”,
concluiu.
Fonte: UOL
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